Tipos de amor: conheça as 7 variações reconhecidas na Grécia Antiga
Você sabia que os gregos tinham mais de uma palavra para identificar amor? E que cada uma delas simbolizava um tipo de sentimento?

É senso comum que existem diversos tipos de amor e maneiras de expressá-los. Porém, utilizamos normalmente a mesma palavra para falar dessa pluralidade de sentimentos.
Por outro lado, no grego existe uma maneira mais plural para entender esse assunto. O que, convenhamos, ajuda até na hora de identificarmos o que sentimos por alguém.
Ficou curioso? Role para baixo para entender como os gregos identificavam cada tipo de amor.
Philautia: o tipo de amor sobre si mesmo

Primeiramente, vamos falar do sentimento que todos deveríamos nutrir: o amor próprio. Ele, para os gregos, era chamado de Philautia. Para cultivá-lo, procure se olhar com mais carinho no espelho, cuide de si e mantenha por perto só as pessoas que te fazem bem.
Porém, cuidado para que o amor não vire egocentrismo. Segundo os gregos, essa seria a parte negativa do Philautia, que é quando ele cultiva o egoísmo, a fama e o poder, ao invés de sentimentos positivos.
Pragma: o tipo de amor pragmático
Em segundo lugar, o amor que se cultiva pelo compromisso e a vontade de fazer algo dar certo. Como por exemplo, um casal que coloca os filhos no centro do relacionamento e essa vontade de serem pais bem sucedidos é tão forte que nutre o amor dos dois.
Esse amor, em muitos casos, começa como uma paixão ou um outro sentimento, e se desenvolve para o Pragma a partir de algum compromisso, como o casamento.
Entretanto, ele não precisa ser algo ruim. Afinal, é possível nutrir mais de um sentimento por alguém. Portanto, você e o seu parceiro ou a sua parceria podem sentir pragma, assim como outros amores.
Ludus: o divertido dos tipos de amor
Dentre os tipos de amor, Ludus é o mais leve, porque ele cultiva a vontade de viver o momento e a ausência de compromisso.
Portanto, por não ter amarras, ele é finito e depois de um tempo ele acaba, ou evolui para um outro tipo de amor. Normalmente, esse sentimento é cultivado entre dois “ficantes”.

Eros: o sentimento que mais consome entre os tipos de amor
Eros é o nome grego para cupido. Ou seja, o anjo que atira vendado, que não leva a razão em conta.
Logo, quando citamos Eros, estamos falando de um tipo de amor relacionado à paixão, que é um sentimento que consome e que normalmente, abre mão da lógica.
É quando a gente não consegue parar de pensar na pessoa e tudo o que vemos e ouvimos nos lembra alguém especial.
Storge: o amor entre pais e filhos

Então, quando falamos do sentimento entre pais e filhos, temos a palavra Storge. Ela representa o amor infinito e dedicado que a família costuma nutrir pelos primogênitos.
Nestas situações, esse sentimento incondicional parte muito mais dos pais do que dos filhos. Por exemplo, as mães que amam suas crianças independente do que elas façam e como elas os tratam.
Philia: o amor autêntico e seguro
Sabe quando você afirma que pode contar com aquela pessoa independente de qualquer coisa? Esse seria então o tipo de amor Philia, porque é o sentimento compartilhado por amigos próximos e irmãos.
Portanto, entre os tipos de amor, esse deveria, em tese, ser um dos que investimos mais energia. Isso porque normalmente o Philia é longo, duradouro e tranquilo. Aqui não existe aquela excitação que nos consome da paixão (Eros) ou o tamanho de demandas do Pragma.
Ademais, o Philia se caracteriza por ser um amor equilibrado. Então, uma amizade saudável é aquela em que os dois se respeitam da mesma forma, e investem uma energia similar no relacionamento.
Outro ponto interessante é que você e o seu parceiro romântico podem também nutrir Philia um pelo outro, já que a amizade e a paixão não se anulam.
Ágape: dentre os tipos de amor, o mais universal

Por fim, o amor que assim como o próprio, só depende de nós. A palavra Ágape simboliza o sentimento que parte dos humanos para o meio-ambiente, a caridade e os outros indivíduos de maneira geral.
Por isso, o Ágape recebe muitas menções religiosas, que costumam valorizar o amor pelo próximo, ou pela natureza, como é o caso de São Francisco de Assis.
Quem pratica o Ágape costuma se ligar a trabalhos voluntários e iniciativas não lucrativas.
Esse amor, apesar de partir principalmente do indivíduo, é definitivamente um sentimento com grande capacidade de preencher, já que o retorno de praticá-lo é sentir que você cuida da vida ao seu entorno e valoriza estar vivo.